A próstata é a glândula sexual masculina localizada no início da uretra. Juntamente com as vesículas seminais, ela é responsável pela produção do líquido espermático. Mas você já ouviu falar em hiperplasia prostática benigna? Ela também é chamada de HPB e sua maior característica é o crescimento benigno da próstata.
Um dos fatores de risco para a ocorrência da HPB, que costuma ocorrer em homens a partir dos 40 anos de idade, é o envelhecimento. Outros fatores de risco são hipertensão, obesidade, pressão arterial diastólica elevada e baixos níveis de HDL. A predisposição genética e possíveis alterações hormonais, especialmente da testosterona, também precisam ser avaliadas.
Como a obstrução da uretra leva ao enfraquecimento do jato de urina e à redução de seu calibre, pode haver dificuldade para iniciar a micção. Também há relação com sensação tanto de urgência para urinar quanto de bexiga cheia. Da mesma forma, pode haver eliminação involuntária de urina e aumento da frequência de idas ao banheiro, inclusive à noite.
A hiperplasia prostática benigna diminui a qualidade de vida dos pacientes uma vez que provoca incômodos e inseguranças. Sendo assim, interfere diretamente no bem-estar do paciente e seus familiares.
O diagnóstico é obtido por meio da análise do resultado de alguns exames. Eles são avaliados em conjunto com respostas concedidas pelo paciente a um questionário realizado pela equipe médica.
Entre os exames relacionados ao diagnóstico da hiperplasia prostática benigna estão a ultrassonografia de próstata, o exame de urina, o PSA e o toque retal. O primeiro avalia o tamanho da próstata e a capacidade vesical, com análise do resíduo pós-miccional.
O segundo analisa possíveis infecções urinarias e hematúria (sangramento na urina). Também é avaliado o antígeno prostático específico, chamado de PSA, colhido no sangue, usado para avaliar a possibilidade de tumor de próstata.
O toque retal permite a avaliação da consistência e do tamanho da glândula, possibilitando a análise da presença de nódulos na próstata. Já o questionário permite que os sintomas, sua frequência e relatos exibidos pelo paciente sejam avaliados.
A HPB pode levar à formação de cálculos na bexiga, retenção urinária, infecção urinária de repetição, sangue na urina. Caso haja demora em buscar aconselhamento médico, pode haver infecções e obstruções mais graves. Casos mais graves, por sua vez, podem causar perda de função renal e comprometimento da filtragem do sangue.
O tratamento da HPB pode ser clínico ou cirúrgico. O tratamento clínico prevê a eliminação ou a redução dos sintomas, com medicamentos que podem inclusive interromper o crescimento da glândula ou sua diminuição.
Quando encaminhado à cirurgia, o paciente pode receber o tratamento tradicional, por meio de cirurgia aberta, ou técnicas minimamente invasivas, como a vaporização por laser. Esta última consiste na desobstrução da uretra e provoca menos sangramento quando comparadas ao tratamento tradicional.
O quadro do paciente deverá ser analisado pelo médico responsável de forma criteriosa. Assim, o profissional poderá definir o tratamento mais adequado a cada caso. Quer saber mais sobre a hiperplasia prostática benigna? Marque sua consulta e converse com seu urologista de confiança.