HPV: saiba mais sobre a vacinação no sexo masculino

HPV: saiba mais sobre a vacinação no sexo masculino

Indivíduos sexualmente ativos possuem grandes chances de já terem tido contato com o papiloma vírus humano. Outra hipótese é que esta mesma pessoa ainda venha a ter contato com o HPV em algum momento da vida. É comum que o organismo, naturalmente, elimine o vírus, mas este pode sobreviver, causando sérias consequências.

Desde 2014, contamos com o Calendário Nacional de Vacinação contra o vírus do papiloma humano (HPV). A partir deste ano, a vacinação se estendeu a pacientes do sexo feminino de diferentes faixas etárias. Em 2017, no entanto, ampliou-se a vacinação para meninos de 11 a 14 anos de idade. Sendo assim, meninos e meninas podem ser vacinados antes de iniciarem a atividade sexual.

 

Como se dá o contágio do HPV?

A forma mais comum de contágio é por via sexual. Esta pode ser vaginal, anal, oral ou qualquer outro tipo de contato característico a uma relação. Neste sentido, a melhor forma de prevenção é o uso de camisinha.

 

Quais são os sintomas do HPV?

O principal sintoma da infecção pelo vírus é o surgimento de verrugas genitais, geralmente semelhantes a uma couve flor. No entanto, também podem surgir caroços ou feridas em locais como escroto, pênis, ânus, boca ou garganta.

 

Apenas crianças e adolescentes podem tomar a vacina?

Não, este método também é aplicável a adultos que não foram expostos ao vírus e àqueles já infectados, mas com característica recidiva. No entanto, a eficácia nestes casos não é semelhante à dos demais. Da mesma forma, é preciso ter em mente que a imunização contra o HPV é preventiva, não sendo eficiente como tratamento da doença.

Jovens que se submetam à vacinação aos 14 anos de idade devem tomar a segunda dose de seis a 12 meses após a primeira dose.

 

Quais são as complicações causadas pelo HPV?

Nos homens, o papiloma vírus humano pode causar graves problemas de saúde, incluindo o câncer de pênis. Também podem ocorrer câncer de ânus ou de orofaringe, região localizada atrás da boca.

Em casos se câncer de pênis, os nódulos podem provocar mudança de cor na região e as feridas podem não cicatrizar. Estas também podem liberar uma secreção com mau cheiro. Já o câncer de ânus causa mudanças nos hábitos intestinais ou, ainda, presença de sangue nas fezes. Também pode haver dor e feridas na região anal, além de incontinência fecal, coceira, ardor e secreção incomum. Por fim, o sinal do câncer da orofaringe consiste em uma ferida de difícil cicatrização na região afetada.

No entanto, os sintomas listados acima podem estar relacionados a outros distúrbios que não o câncer. Sendo assim, é necessário buscar aconselhamento médico a fim de obter o diagnóstico e o tratamento corretos.

 

É preciso ter em mente que a vacinação contra o HPV não protege o organismo das demais doenças sexualmente transmissíveis (DST). Desta forma, mesmo pessoas vacinadas devem continuar fazendo uso da camisinha. Também é importante salientar que homens vacinados possuem menos chances de transmitir o vírus para suas parceiras. Como resultado, há maior eficácia da prevenção ao HPV. Nelas, a vacinação previne verrugas genitais, câncer de orofaringe, de ânus, de vulva e de vagina.