Em seu funcionamento ideal, a bexiga e o esfíncter possuem uma coordenação perfeita. O músculo, então, atua como uma válvula que, ao fechar a uretra, impede a saída da urina. A capacidade média da bexiga, por sua vez, é de 400 ml a 500 ml, não sendo comum o escapamento de urina.
A incontinência urinária consiste na perda involuntária da urina pela uretra. Sendo assim, este é um distúrbio que influencia negativamente a qualidade de vida e aspectos físicos, psicológicos, emocionais e sociais. O paciente também pode passar por alterações na vida profissional, sendo este um fator limitador ao bem-estar.
A incontinência urinária é comum a homens de todas as idades e de qualquer nível econômico e social. Ela pode ser provocada por diversos fatores, como envelhecimento, aumento da próstata ou hiperplasia prostática benigna. Tumores, bexigas hiperativas, obesidade e estilo de vida individual, como tabagismo e hábitos alimentares, também estão relacionados à doença. O mesmo pode ser dito sobre o comprometimento da musculatura dos esfíncteres ou do assoalho pélvico. Alguns casos de incontinência urinária podem ser provocados por procedimentos cirúrgicos que tenham lesionado o mecanismo de funcionamento do esfíncter.
Não devemos esquecer possíveis fatores ligados à incontinência em idosos, como uso de diuréticos e ocorrência de demência e delírio. Esta e outras questões, como problemas de locomoção, podem ter alternativas de tratamento.
Primeiramente, é preciso reconhecer que existem alguns tipos de incontinência urinária: de esforço; de urgência e a mista. O sintoma da incontinência urinária de esforço é a eliminação involuntária de urina quando o paciente realiza algum esforço físico ou movimentos como rir, tossir ou espirrar.
A urge-incontinência é caracterizada por uma vontade intensa de urinar, não sendo possível conter a urina, levando à perda involuntária da mesma. Isto pode acontecer diante ou não de movimentos, geralmente havendo perda de urina antes mesmo de chegar ao banheiro.
A incontinência mista é caracterizada pelos sintomas dos já citados tipos de incontinência. Sendo assim, o mais relevante é a incapacidade de controlar a eliminação de urina pela uretra.
A incontinência urinária também pode ser temporária ou persistente. A primeira está relacionada ao uso de substâncias ou medicamentos que provoquem o aumento da produção de urina ou a problemas de saúde passageiros. A persistente é provocada por condições físicas duradouras, como as neurológicas.
Algumas propostas envolvem fisioterapia, medicamentos ou até mesmo cirurgia, como o tratamento para incontinência urinária por esforço. Atualmente, contamos com a cirurgia de Sling, que prevê a aplicação de um suporte que restaura os ligamentos que sustentam a uretra. A cirurgia pode até mesmo incluir o implante de um esfíncter artificial para controle das perdas urinárias de esforço mais graves. Os medicamentos podem envolver o uso ininterrupto de substâncias que inibem a contração vesical.
Certos casos podem ser resolvidos com o tratamento do fator causador da incontinência, como a obesidade. No entanto, a definição deverá ser feita por um médico especializado após análise e diagnóstico individual. Se você desconfia ou sente algum efeito de incontinência urinária, marque já sua consulta.